quinta-feira, 26 de dezembro de 2019


Parabéns amor!!!



Parabéns, meu amor,
Pelas 47 primaveras.
Que este dia seja em rigor,
Tudo aquilo que tu esperas.

E se tu esperas o que eu sinto,
Terás o meu amor incondicional.
Digo e não minto:
És uma mulher sensacional.

E um verso não consegue conter,
Todas as tuas qualidades.
E não é só para te enaltecer,
Todas elas são puras verdades.

Doce, terna, afável,
Astuta, protetora e audaz.
Carinhosa, sensível, amável,
Sonhadora, dedicada e capaz

Desejo-te do fundo do coração,
A tua genuína felicidade.
E que guardes esta recordação,
Para toda a eternidade.

E se algum dia uma lágrima verteres,
Estarei sempre aqui para te abraçar.
E se o amor por mim manteres,
Minha alma será para te amar.




Miguel Carvalho

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

A vida é um pouco bela


Do nascer ao morrer é uma corrida
Uma corrida corajosamente já perdida
Estranhamente por fim coroados
Por uma corrida quase sempre esquecida.

É uma viagem que fica sempre algo por conhecer.
Conheces apenas um pouco de ti, e muito lamentas não ter conhecido.
Nem sempre o vento sopra e o leme vais temer,
Por uma rota por muitos outrora já traçada, por um mapa já establecido.
Haverá um mundo ainda desconhecido?!

É um pouco bela, dizia uma menina.
A inocência traz sempre a verdade.
E a verdade de coisas simples é nascida.
É um pouco bela, dizia a minha filha.

Cada dia é uma pedra, e um edifício vais construir.
E num projecto renovado à medida das ilusões,
Descobrirás que uma porta pode-se fechar ou abrir.
E de uma janela verás montanhas de emoções que se fazem ouvir.

E é aí que tu vives, e tentas ser feliz.
Por vezes derrubando muros, erguendo barreiras,
Alicerçado em colunas de poeiras,
Abrigando-te de invernos febris.

É um pouco bela, dizia uma menina.
A inocência traz sempre a verdade.
E a verdade de coisas simples é nascida.
É um pouco bela, dizia a minha filha.

Não tenhas pressa, o tempo não corre devagar.
E quando dás conta já não tens tempo para recordar.
"Ó tempo volta para trás, dá-me tudo o que perdi."
O Mourão o cantava quando nessa tarde nasci.

E o caminho é desbravado com a força dos teus sonhos.
Vales negros medonhos e rios largos risonhos.
Procurando uma estrela que te guie, porque a noite já lá vem.
E cansado te recostas na sombra do além.

É um pouco bela, dizia uma menina
A inocência traz sempre a verdade
E a verdade de coisas simples é nascida
É um pouco bela, dizia a minha filha.

E uma pomba branca sai voando,
E no horizonte já não a vejo.
Leva uma mensagem rimando,
Lacrada com um avermelhado beijo.

Que saudades da corrida, da viajem, das pedrinhas do caminho
Saudades de tudo aquilo que não percorri.
Porque malograda é toda a alma vivente,
Que mesmo penando, para a vida não sorri.

É um pouco bela, dizia a minha filhinha. 


Miguel Carvalho



Eras o meu avô...



Eras o meu avô,
O único que conheci.
Aquele que me ensinou,
O que muito aprendi.

O teu espírito jovem,
Para mim uma inspiração.
Uma criança, um homem, 
Com um terno coração.

Ti Abílio Carpinteiro
Teu nome me envaidece.
A palavra primeiro,
É uma herança que enriquece.

Um bom contador de histórias,
A quem muitos entretia.
Muitas eram as memórias,
Que facilmente te surgia.

Deixaste a tua Margarida,
No jardim, sozinha qual flôr.
No seu coração estando ferida,
Ao ver partir o seu amor.

Olhos azuis como o céu,
Cabelo branco como a neve.
Sempre a bengala e o chapéu,
Assim a memória te descreve.

E agora que nos deixaste,
Ficou um vazio em nós.
E por mais que o tempo se arraste,
Sentimo-nos todos mais sós.

Agora vives no meu coração,
Onde te arranjei um cantinho.
De lá ouço tua oração,
Agradecendo todo o carinho.

Ficará sempre a saudade,
Do teu sorriso ao nos ver.
De ver a tua felicidade,
Dando um beijo ao nos receber.

Aqui deixo a minha despedida,
Que Deus te tenha na memória.
Porque nas páginas desta vida,
Já escreveste a tua linda história!


Miguel Carvalho