quarta-feira, 24 de novembro de 2021

 
UMA LINDA SERVENTE (Avó Margarida)

Outrora já é história
Hoje ainda é presente
E nuns rasgos de memória
A vida de uma linda servente

Na alvorada da vida o sino tocou
Uma doença ainda em tenra idade
Maldita peste o seu pai levou
Amarguras lhe roubaram a mocidade.

Retratos de tons cinzentos
Um caldo ralo e aguado
No silêncio os lamentos
De um pão amargo e suado.

Foi servir com suas singelas mãos
E a servir se tornou mulher
Mãe de filhos, netos e irmãos
E de mais algum se puder.

Eis que um jovem carpinteiro se abeirou
E de sua varanda era cortejada
Sua aparência a encantou
E a servente passou a ser a sua amada.

Na lavoura da sua vida
Sete rebentos brotaram
Uma Rosa de perda sofrida
E um Carvalho que lhe "roubaram".

O seu marido longe emigrado
Os pintainhos ainda por criar
Poucas cartas do seu amado
E a terra dura de cultivar.

E nos muros as roupas a corar
Molhadas com lágrimas de saudade
Sonâncias vindas de um lugar
Lhe traziam alguma felicidade .

Pequenas bocas para alimentar
No canto o fumeiro já rendido
As batatas com couves a tapar
E o bacalhau estava escondido

A noite ainda dormia
O cesto de pão à cabeça
Sempre a mesma romaria
Uma corrida antes que amanheça.

E o caminho já é extenso
E que lindo o seu trajecto!
Não me engano no que penso
São tantos os que lhe têm afecto.

Seu rosto espelha um carreiro
Com rugas marcadas pelo sentir
Seu belo sorriso hospedeiro
E um olhar sempre pronto a servir.

Seu nome é Margarida
Flor de pétala delicada
Minha avó, minha querida
Minha mãe, por mim amada.


Obrigado minha querida avó
O teu legado é de grande valor
Com nosso espírito nunca estarás só
Porque terás sempre o nosso amor!






Miguel Carvalho







quarta-feira, 2 de setembro de 2020

O Covid (letra para música Dunas do grupo GNR)

O Covid é um ladrão.
Aparece de repente e ficamos sem tostão.

Com medo do Covid, parecemos fantasmas
Ruas desertas, 
Shoppings fechados...

Lavamos as mãos, com água e sabão
Pomos a máscara, com febre ficamos à rasca.
Ficamos em casa como diz a DGS
Mas a mulher não nos atura com tanto stress

O Covid está a deixar-me maluco
De manhã não faço nada, à tarde não faço um puto
O Covid deve ser mariconço 
Onde quer que vá, são bichas que encontro.

Lavamos as mãos, com água e sabão
Pomos a máscara, com febre ficamos à rasca.
Ficamos em casa como diz a DGS
Mas a mulher não nos atura com tanto stress

O Covid merecia um Nobel
Nunca tinham gasto tanto dinheiro em rolos de papel!

Ohhhh, O Covid....



quinta-feira, 26 de dezembro de 2019


Parabéns amor!!!



Parabéns, meu amor,
Pelas 47 primaveras.
Que este dia seja em rigor,
Tudo aquilo que tu esperas.

E se tu esperas o que eu sinto,
Terás o meu amor incondicional.
Digo e não minto:
És uma mulher sensacional.

E um verso não consegue conter,
Todas as tuas qualidades.
E não é só para te enaltecer,
Todas elas são puras verdades.

Doce, terna, afável,
Astuta, protetora e audaz.
Carinhosa, sensível, amável,
Sonhadora, dedicada e capaz

Desejo-te do fundo do coração,
A tua genuína felicidade.
E que guardes esta recordação,
Para toda a eternidade.

E se algum dia uma lágrima verteres,
Estarei sempre aqui para te abraçar.
E se o amor por mim manteres,
Minha alma será para te amar.




Miguel Carvalho

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

A vida é um pouco bela


Do nascer ao morrer é uma corrida
Uma corrida corajosamente já perdida
Estranhamente por fim coroados
Por uma corrida quase sempre esquecida.

É uma viagem que fica sempre algo por conhecer.
Conheces apenas um pouco de ti, e muito lamentas não ter conhecido.
Nem sempre o vento sopra e o leme vais temer,
Por uma rota por muitos outrora já traçada, por um mapa já establecido.
Haverá um mundo ainda desconhecido?!

É um pouco bela, dizia uma menina.
A inocência traz sempre a verdade.
E a verdade de coisas simples é nascida.
É um pouco bela, dizia a minha filha.

Cada dia é uma pedra, e um edifício vais construir.
E num projecto renovado à medida das ilusões,
Descobrirás que uma porta pode-se fechar ou abrir.
E de uma janela verás montanhas de emoções que se fazem ouvir.

E é aí que tu vives, e tentas ser feliz.
Por vezes derrubando muros, erguendo barreiras,
Alicerçado em colunas de poeiras,
Abrigando-te de invernos febris.

É um pouco bela, dizia uma menina.
A inocência traz sempre a verdade.
E a verdade de coisas simples é nascida.
É um pouco bela, dizia a minha filha.

Não tenhas pressa, o tempo não corre devagar.
E quando dás conta já não tens tempo para recordar.
"Ó tempo volta para trás, dá-me tudo o que perdi."
O Mourão o cantava quando nessa tarde nasci.

E o caminho é desbravado com a força dos teus sonhos.
Vales negros medonhos e rios largos risonhos.
Procurando uma estrela que te guie, porque a noite já lá vem.
E cansado te recostas na sombra do além.

É um pouco bela, dizia uma menina
A inocência traz sempre a verdade
E a verdade de coisas simples é nascida
É um pouco bela, dizia a minha filha.

E uma pomba branca sai voando,
E no horizonte já não a vejo.
Leva uma mensagem rimando,
Lacrada com um avermelhado beijo.

Que saudades da corrida, da viajem, das pedrinhas do caminho
Saudades de tudo aquilo que não percorri.
Porque malograda é toda a alma vivente,
Que mesmo penando, para a vida não sorri.

É um pouco bela, dizia a minha filhinha. 


Miguel Carvalho



Eras o meu avô...



Eras o meu avô,
O único que conheci.
Aquele que me ensinou,
O que muito aprendi.

O teu espírito jovem,
Para mim uma inspiração.
Uma criança, um homem, 
Com um terno coração.

Ti Abílio Carpinteiro
Teu nome me envaidece.
A palavra primeiro,
É uma herança que enriquece.

Um bom contador de histórias,
A quem muitos entretia.
Muitas eram as memórias,
Que facilmente te surgia.

Deixaste a tua Margarida,
No jardim, sozinha qual flôr.
No seu coração estando ferida,
Ao ver partir o seu amor.

Olhos azuis como o céu,
Cabelo branco como a neve.
Sempre a bengala e o chapéu,
Assim a memória te descreve.

E agora que nos deixaste,
Ficou um vazio em nós.
E por mais que o tempo se arraste,
Sentimo-nos todos mais sós.

Agora vives no meu coração,
Onde te arranjei um cantinho.
De lá ouço tua oração,
Agradecendo todo o carinho.

Ficará sempre a saudade,
Do teu sorriso ao nos ver.
De ver a tua felicidade,
Dando um beijo ao nos receber.

Aqui deixo a minha despedida,
Que Deus te tenha na memória.
Porque nas páginas desta vida,
Já escreveste a tua linda história!


Miguel Carvalho


 


sábado, 27 de fevereiro de 2016

Onde são as tetas da soja?!


Ao longo destes anos sempre que ouvia falar do leite de soja, ficava um pouco confuso. Afinal onde são as tetas da soja?!- perguntava eu. A verdade é que ouvia dizer que o leite de soja era mais saudável que o leite de vaca, e muitos nutricionistas a aconselharem o consumo do mesmo.
Algumas colegas minhas diziam que era muito bom (e era um tal vê-las a carregar embalagens daquilo), já outros diziam-me que aquela merda causava uns gases insuportáveis.

Ora foi esta semana que descobri as verdadeiras "tetas" da soja! Adivinhem quem é o maior produtor de soja no mundo? Claro! Os Estado Unidos da América! Ora, os espertalhões dos americanos começaram a produzir soja a granel, pagaram a meia dúzia de nutricionistas para dizerem que aquilo era bom, e puseram os europeus a peidarem-se que nem abades!

Eu até já estou a imaginar o Bill Clinton na sala oval (enquanto a Monica Lewinsky fazia o serviço), reunido com os seus assessores e dizer: Eu ter uma great ideia! Nós produzir soja! E os assessores comentarem: Great ideia President! (a Monica Lewinsky não conseguia dizer nada).

Só para para terem uma noção, só no ano de colheita 2014\2015, os Americanos produziram 108,014 milhões de toneladas daquela bosta! 

Agora que se descobriram as verdadeiras "tetas" da soja, alguns nutricionistas já vieram questionar o consumo do leite de soja, argumentando que afinal aquilo pode não ser tão bom assim como se dizia! O leite da vaquinha talvez seja melhor! Alguns até já tinham deixado de beber leite de vaca e agora tomam comprimidos de Calcitrin como smarties! Perguntem à Simone de Oliveira, ou à Filipa Vacondeus que nisso elas são especialista! É melhor não perguntarem à Filipa porque ela não vos vai responder...

E como o assunto é leite, apetece-me dizer que é tudo uma cambada de mamões! Desculpa Monica, esta não era para ti!

Miguel Carvalho

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Cavaco Silva e as audições

Cavaco Silva e as audições


Acho que Cavaco Silva deveria ouvir as empregadas de limpeza da Assembleia da Republica, porque são elas que limpam a merda que os políticos fazem.
Nesse sentido, entrevistamos uma dessas empregadas de limpeza:

Jornalista: Será que nos podia informar sobre a merda que Passos Coelho faz?
Empregada: Olhe... faz muita,  é uma merda meio alaranjada. E vai sempre além das possibilidades da sanita. Portanto, ás vezes transborda. É demais!

Jornalista: E o Paulo Portas? Também faz muita merda?
Empregada: Olhe... não sei. Ele é muito asseado. Limpa tudo muito bem, e nunca se descobre a merda que ele faz. Um dia disse que não fazia mais merda na Assembleia, que era uma decisão irrevogável, mas depois voltou com a palavra atrás.

Jornalista: E o António Costa, também é limpinho?
Empregada: Mais ou menos. A merda dele cheira a pétalas de rosa. Até é agradável! Mas por mais que tentemos limpar, a merda dele acaba por vencer! Nunca vi merda igual! Nunca se dá como vencida!

Jornalista: E a Catarina Martins...?
Empregada: Essa senhora é muito nervosa, anda sempre revoltada, e isso deve-lhe provocar muitos espasmos. O certo é que quando faz merda, dispara em todas as direcções. Aquilo parece uma bomba! Salpica tudo!

Jornalista: Compreendo... Então e o Jerónimo de Sousa?
Empregada: Olhe esse senhor é um mistério! Porque ele nunca faz merda... Passa a vida é a reclamar da merda que os outros fazem. Já não o suportamos! É que reclama por tudo e por nada! Os outros estão a pensar em fazer merda, e ele já está a reclamar...

Jornalista: Muito obrigado senhora empregada de limpeza da Assembleia da Republica. Penso que com o seu depoimento, Cavaco Silva estará mais seguro da sua decisão... ou não...


MIGUEL CARVALHO